Três empresas brasileiras na lista do TOP 100 em sustentabilidade, o que comunicação tem a ver com isso?

Em fevereiro de 2011 foi publicada uma lista das 100 empresas mais sustentável do mundo, realizada pela Corporate Knigths, revista de sustentabilidade baseada em Toronto, no Canadá. Em sua sétima edição, este ranking – que já se tornou um dos mais aguardados – inclui mais uma vez três empresas brasileiras: a Natura (na posição 66), a Petrobras (88) e o Bradesco (91).

Ao ler essa notícia, pensei imediatamente que a comunicação empresarial tem tudo a ver com isso, na medida em que o critério “transparência” passou a constar do roteiro a partir desta última edição do ranking – empresas que não responderam a todos os dez indicadores ficaram com pontuação nula ou baixa nesse quesito.

Pode estar aí, a verdade motivadora que fará acionistas e seus executivos apostarem definitivamente na comunicação empresarial e nas atividades de relações públicas como meios de se obter diferencial competitivo. Porque conquistar reputação de marca implica em se comunicar, em ser consistente e convincente. Em colocar à disposição das pessoas o que elas desejam saber, por meio de canais de relacionamento confiáveis.

Além de todas essas prerrogativas, ser transparente, para comunicação empresarial, significa assumir compromissos públicos, executá-los e informar quais os avanços, dificuldades e desafios. No momento em que, somos agentes do relacionamento de empresas com seus públicos de interesse, damos acesso ao conhecimento sobre as práticas adotadas, sejam de gestão, operação, comerciais ou de expansão. Mais uma constatação de que a atuação de comunicação é essencial para o futuro dos negócios. Ser bem sucedido está e estará definitivamente associado à competência em se comunicar.

Mas como inserir definitivamente, a contribuição da comunicação nos resultados do negócio? Sim, sim, comprovando por meio de indicadores as conquistas e a evolução. Estou certa de que esse momento de maior consciência no mercado é promissor. E que já podemos imaginar que seja possível listar empresas pela sua excelência em comunicação, como também considerar o atributo comunicação como mais um critério de qualificação de mercado.

Por isso, convoco meus colegas comunicadores a pautarem essa necessidade em seus planos, a influenciarem as lideranças a perceber a importância dessa perspectiva. Ao meio acadêmico, a pensar em como sistematizar essa avaliação e a imprensa a tornar público e reconhecido.

Mãos à obra!

Por Claudia Cezaro Zanuso

Treinamento para Assessores de Comunicação

Aconteceu na última quarta-feira (13/abr), o encontro nacional do Comitê de Comunicação da Heineken Brasil. O evento contou com a presença dos assessores de comunicação das oito unidades fabris da empresa e de todos os profissionais da diretoria de Relações Corporativas do escritório de São Paulo.

Organizado pelo diretor da área, Paulo Macedo, o encontro faz parte do planejamento estratégico da área de Comunicação Interna liderada por Fernanda Castejon.

A KlaumonForma tem em seu escopo de trabalho com a Heineken a estratégia não só de capacitar e engajar o Comitê existente, como treinar o Comitê do escritório de São Paulo, que será formado até o final deste mês de abril. Por isso, fez a construção do conteúdo dos encontros e serás responsável pela manutenção desse relacionamento. Para esse primeiro encontro convidou a Prof. Izolda Cremonine, docente da pós graduação da ESPM e autora do livro Gestão de Stakeholders, entregue a todos os participantes.

75º Pão com Manteiga: Storytelling como uma ferramenta de gestão

Storytelling foi assunto abordado na 75º edição do Pão com Manteiga, cuja história será contada a seguir.

Marcelo Douek da LUKSO Story & Strategy trouxe todo seu knowhow para debater o tema com Larissa Menze da AkzoNobel, Salete Viana da GE, Mariane Lorente do Grupo Pão de Açúcar, Juliana Caburlão do Hospital Albert Einstein, Larissa Madanelo da Solví, Elisangela Leite da Vale Fertilizantes e Suzana Vernalha do Núcleo Memória Empresarial da KlaumonForma.

Segundo Marcelo, não há regras para contar histórias. Em contrapartida há padrões que nos indicam a melhor forma de fazê-lo. Boas histórias são constituídas por quatro elementos, personagem, conflito, universo e trama. O personagem deve ser compreendido de uma forma ampla e complexa, ele é quem modela a história. O conflito é o “motor” da história, aquilo que impede que o personagem alcance seu objetivo. O universo é onde acontece a história, é o contexto em que o personagem está inserido. Por fim, a trama é o desencadear dos eventos, divididos em três momentos (mundo comum, progressões e transformação).

Entender como uma boa história é contada é fundamental para que ela reflita a mensagem que se deseja passar.

Mas como contar histórias interfere em uma marca?

Com a finalidade de gerir imagem e conhecimento dentro do ambiente corporativo, o Storytelling constrói e agrega valor a marca, pois torna palatáveis os conceitos expostos na missão, visão e identidade empresariais.

“Toda empresa tem uma história para contar, mas muitas não sabem como fazer isso”, foi o que afirmou Marcelo, mas ao longo de nosso bate-papo surgiram outras questões como:

  • Em um ambiente virtual, em que todos podem contar histórias, como lidar com tantas pessoas contando histórias diferentes sobre a mesma organização?
  • Como engajar as pessoas na história da empresa e torná-la sedutora?

É preciso criar contexto para as histórias acontecerem e depois estimular as pessoas a contá-las. Convidá-las a participar desse processo, selecionar as histórias que condizem com os valores da empresa e por último tratar a história de acordo com a mensagem que se deseja passar.

As histórias devem ser contadas de uma ótica bem realista, apresentando “altos e baixos” e permitindo com que apareçam os erros e fracassos que levaram às conquistas. Isso gera empatia com a empresa, transformando o storytelling em uma ferramenta contínua e os stakeholders em embaixadores da marca de uma forma espontânea.

Na realidade, por ser uma ferramenta que trabalha emoções e informações subjetivas, o Storytelling não possui um modelo ou fórmula de sucesso, ele depende da experiência vivida por cada contador de história. Conte-nos a sua!

Quais os personagens da história de sua empresa? Como motivar colaboradores a contar suas histórias no trabalho? Como gerar conhecimento a partir delas? Essas são algumas questões que colocamos no ar para comentários e troca de experiências entre os interessados. Manifeste-se!

A influência das redes sociais sobre as empresas

Atualmente, há uma enorme discussão a respeito das redes sociais funcionarem como uma ferramenta de comunicação, monitorando o que é dito a respeito da marca e interagindo com os interessados por ela. Blogs, sites, revistas, profissionais e estudiosos da área de comunicação debatem a influência exercida pelos movimentos das redes sociais sobre as empresas e marcas.

Que as redes sociais tornaram-se uma ferramenta de comunicação com utilização cada vez mais freqüente pelas empresas é indiscutível, mas como toda ferramenta de comunicação ela deve estar inserida em um planejamento contendo estratégias, ações, objetivos e expectativas de resultados. É importante analisar o momento da empresa e sua maturidade comunicacional. A decisão de inserir uma marca nas redes sociais quando é movida pelo receio de não estar na moda, pode ser catastrófica.

“As empresas estão nuas e transparentes diante do mercado e da sociedade… Essa democrática exposição do que as empresas são e fazem não deveria nos obrigar a ser militarmente dirigidos pelas manifestações das redes sociais… A obediência cega e servil é burra ”é o que afirma Jaime Troiano no artigo As marcas diante das redes sociais se referindo a submissão das empresas perante a vontade dos internautas, ocasionada pela insegurança das organizações que assumem decisões mal planejadas (ou não planejadas) e não têm convicção da qualidade de seus produtos ou serviços.

Em meio a essa realidade, qual serão os prejuízos de imagem para as empresas que participam das redes sociais? E para as que não participam? Qual o momento certo para inserir uma marca nas redes? Há consequências para a inserção precoce?

O que VOCÊ acredita?

74º Pão com Manteiga: Mídias digitais como solução para comunicação

Como manter a imagem positiva de uma empresa nas redes sociais? Como devemos fazer a gestão dessas ferramentas?
Mesmo com tanta vontade de aplicar e entender a respeito das novas tecnologias, dúvidas como essas ainda são muito freqüentes no ambiente corporativo.  Por isso, o 74º Pão com Manteiga, na manhã do dia 30 de março, trouxe o Professor Ary Rocco Jr., formado em jornalismo e doutor em comunicação e semiótica em novas tecnologias para debater o tema.
As empresas Allis, Amil, Anglo American, Ateliê do Café, Atento, Escola Beit Yaacon, Hospital Samaritano, Hospital Sírio-Libanês, Liberty Seguros, Trevisan Escola de Negócios, Unimed Brasil compartilharam conosco o bate papo.
As redes sociais quando adotadas como ferramentas de comunicação, devem ser geridas e monitoradas pela empresa, ou seja, fazer parte do planejamento de comunicação e relacionamento da empresa com seus públicos e ter responsáveis pelo seu conteúdo e resposta às mensagens recebidas para garantir o discurso e a boa imagem da empresa.
Segundo Ary, a primeira pergunta que deve ser feita é: o que a empresa deseja com essas novas mídias e a segunda, que resultados espera obter com elas. Conhecer bem as pretensões da empresa ao se inserir no meio digital será fundamental para definir as estratégias e as oportunidades desse canal de relacionamento. Pode ser mais prejudicial à imagem de uma organização a inserção não planejada nas redes sociais do que simplesmente não fazer parte delas.
Curioso é que, a bem pouco tempo atrás, lá em 2006, o que se observava nas redes era o caráter de comunidades virtuais voltadas para a cooperação, para a troca de informações e experiências. Por expressarem opiniões pessoais, aos poucos as empresas começaram a se preocupar com o que era escrito sobre elas, como também, a enxergar um potencial de negócio. Hoje, é muito importante monitorar o que estão dizendo sobre a marca e agir diante dessas manifestações, minimizando danos à imagem da organização. Mas atenção, nem tudo que é escrito, filmado e postado é real e nem todas as comunidades virtuais têm credibilidade.
Diante desse cenário é fundamental estar atento para que os canais digitais não se tornem SAC ou ouvidoria, já que sua finalidade é a interação entre empresa e seus públicos. Dentro da empresa, o melhor a se fazer é reforçar ou criar uma cultura de comunicação que responsabilize o funcionário pelo que possa comunicar
A verdade é que a função e a relevância das mídias digitais no ambiente corporativo, neste momento ainda estão superdimensionadas. É arriscado afirmar que elas atingem a todos os públicos e que já são prioridade no investimento. As mídias tradicionais coexistem e ainda são representativas para a comunicação empresarial. As informações devem ser pulverizadas em diversos meios e de acordo com o perfil do público receptor, portanto ainda que em crescente popularização, as redes sociais representam uma pequena parcela dentre tantas estratégias comunicacionais que podem ser utilizadas para contato com os stakeholders.
Para finalizar, Ary recomendou dois livros: Cultura da Convergência de Henry Jenkins e Ansiedade pela Informação de Richard Saul Wurman.