PCM 99 – O Valor estratégico da Memória Empresarial

Com Elaine Watoniki da Helibras, empresa de helicópteros há 35 anos no Brasil

Elaine Watoniki há 25 anos na Helibras começou contando a experiência de implantar um Projeto de Memória pela vocação da empresa: A aviação é uma área muito apaixonante, disse ela.O projeto Memória nasceu do desejo de registrar a história, sem perder o depoimento das gerações de profissionais que a fundaram. E da visão do atual presidente, Eduardo Marson, brasileiro e muito interessado em trabalhar os diferenciais competitivos pela tradição e presença no país.

“Temos mais tempo de vida do que a matriz do grupo.” A Helibras completou 35 anos em 2013 e pertence a um grupo europeu, a Eurocopter, uma fusão de empresas na Alemanha e na França, que tem 20 anos. “Somos da década de 70, quando todas as empresas se chamavam algumacoisaBRAS, por isso somos Helibras (Helicópteros do Brasil) . Há 4 anos foi criada a área de comunicação da empresa. Historicamente sempre fomos pequenos, cerca de 300 funcionários. Nesses 35 anos já entregamos 700 aeronaves. Somos a única filial com instalação fabril fora da Europa.”

A importância do resgate histórico deu-se pelo momento estratégico pós contrato com as Forças Armadas para posicionar a Helibras como fabricante nacional e com estrutura para atender ao mercado, tanto militar quanto civil. Em 3 ano e meio, após contrato com o governo, dobramos de tamanho. O Centro de Engenharia sempre teve 9 a 10 engenheiros e hoje somos 70, afirmou Elaine.

O Projeto

Novos rumos, a mesma paixão foi o slogan da campanha pelos 35 anos da empresa

O Núcleo Memória Empresarial realizou os processos de Memória Oral e Pesquisa documental para a montagem de uma linha do tempo, exibida em feiras do setor e no evento comemorativo de Portas Abertas para funcionário e familiares no dia do aniversário. As etapas que antecederam esses processos foram um diagnóstico e a mobilização e sensibilização dos funcionários. Recebemos doações valiosíssimas, uma delas com toda a coleção dos jornais internos, guardada com apreço por um dos funcionários. Uma campanha de comunicação sensibilizou o público interno. Um vídeo, com o depoimento dos dois presidentes brasileiros, o primeiro e o atual registrou essa valisa conquista.

O mais importante em um projeto de memória é fazer dele, parte da cultura da empresa. O movimento foi super positivo.Também trabalhamos o conteúdo histórico como estratégia de comunicação externa. Ele foi divulgado nas redes sociais, recém implantadas, afirmou Paula Vasconcelos, analista de comunicação na Helibras.

Próxima etapa e desafio 2014: Organização e manutenção do acervo.

Agradecemos a todos os presentes ao café da manhã de número 99: Suzana Vernalha, coordenadora Núcleo Memória Empresarial, Débora Rubin, jornalista que colaborou com o projeto da Helibras e autora do livro “O florista da web”, Heloísa Caprioli e Thamy Cavassani da Arcadis Logos, Monica Milani, Dora Silva e Rafael Silva do Metrô e Fernanda de Souza do escritório de Advocacia Mattos Filho.