Devemos medir ou validar as ações de comunicação interna?

61º PÃO COM MANTEIGA COM PAULO AQUINO

Hoje aconteceu o 61º Pão com Manteiga da KlaumonForma. Nessa edição tomamos café da manhã com Paulo Aquino da PCA Marketing, sociólogo com experiência em marketing e vendas, que propõe uma matriz de administração de performance para mensuração de resultados em comunicação.

Segundo ele, primeiro você precisa pensar nos critérios de avaliação, antes da própria avaliação. Pode parecer óbvio, mas muitos comunicadores vão se preocupar com isso depois do projeto pronto, o que não adianta muito.

Por isso, na minha opinião a responsabilidade começa por nós mesmos, os comunicadores. Um projeto de comunicação que se preze, tem planejamento estratégico, que contempla objetivos e o modo como alcançá-los; ou seja, as ações táticas e os resultados esperados.

E o ponto inicial desta estrutura é um bom briefing, com definição clara do problema, que nada mais é que a tarefa a ser cumprida pela comunicação. Dentro das organizações e no relacionamento com seus públicos, por enquanto, lidamos com antecedentes para orientar nossas atividades. Na verdade, precisamos refletir sobre as consequências que a comunicação gerará no comportamento das pessoas, o que implicará resultados para o negócio.

Por isso,ao falarmos em mensuração de resultados na comunicação, precisamos pensar em análise comportamental. Qual foi a interferência provocada na atitude das pessoas, após o conhecimento dos conteúdos que veiculamos? Se desde o início, associarmos aos objetivos os comportamentos desejados conseguiremos aferir o resultado.

O ROI (Return Of Investment, ou Retorno de Investimento ) em comunicação é qualitativo! Uma vez medido, auxiliará em muito para a argumentação dos benefícios do processo junto aos dirigentes da empresa.

Já ouviu falar em ROI?

No geral, ROI vem do interesse em saber quais foram os ganhos reais que um projeto obteve, sejam eles financeiros ou não.

E ROI é uma ferramenta em que todos os envolvidos em um projeto deveriam se interessar, por que uma parcela do retorno de investimento que você trabalhou está intimamente relacionada com o seu trabalho em específico e com sua produtividade nele. Ou seja, não interessa se você é um redator, um profissional e marketing, um programador ou web designer. Você procura mensurar o quanto do seu próprio trabalho implicou ganhos do investimento feito.

Steve Krug no livro Não me faça pensar mostra o tanto que melhorar o fluxo de navegação em um e-commerce é capaz de aumentar as vendas consideravelmente. E tornar sites mais rápidos, também não faz parte (ou pelo menos deveria fazer) do retorno do investimento em um projeto do qual você participa?

Assista ao vídeo:

Palestra de avaliação do ROI em ações de Marketing e Prestação de Serviços na Universidade Metodista. Saiba mais.

Um blog especializado em Comunicação Interna

A partir de hoje você tem mais um lugar para trocar ideias sobre comunicação. Está no ar o Blog da KlaumonForma com posts dos profissionais que fazem parte da agência sobre o que há de mais relevante em Comunicação Interna.

E é uma honra começar com um assunto tão relevante: Memória Empresarial. No dia 25 de junho realizamos na Aberje a 60ª edição do Pão com Manteiga que abordou o tema e teve como convidados o Prof. Dr. Paulo Nassar, da ECA/USP e diretor-geral da Aberje; Miriam Mizuno, do Centro de Memória do Itaú e Beto do Valle, da TerraForum. Diante de tantos especialistas no assunto, é um grande desafio resumir o que aconteceu no evento, mas vamos tentar.

Sem memória o futuro fica suspenso no ar.
A memória organizacional tem por objetivo buscar uma interligação entre diversas áreas do conhecimento (neurociência, educação, psicologia, administração, comunicação, tecnologia da informação etc.) para assim criar um registro histórico. A memória humaniza a matéria e estrutura a linguagem. Para que isso aconteça de forma organizada, é preciso utilizar suportes para que a memória seja catalogada, documentada e validada, garantindo sua perenidade.

E as possibilidades são inúmeras. O suporte ligado à tradição oral, por exemplo, é dos mais antigos. Está vinculado à questão do tempo, é mais cíclico e as informações, mais compartilhadas no face a face. Há, ainda, o suporte por meio da escrita e, mais recentes, os chamados suportes digitais que são ‘multitemporais’.

A combinação de todo esse aglomerado de suportes, informações e registros, independentemente de sua natureza, reforça exatamente a importância da memória como uma busca por significados e pela existência de um lugar de pertencimento. A ausência de um lugar, o não-lugar, significa não ter simbologias, estar ligado apenas ao presente, somente com informação veloz e sem qualquer visão sobre passado ou futuro. Isso desumaniza e não produz sentido de pertencer.

Assista ao vídeo: