107º PCM – Comunicação interna nas micro e pequenas empresas

Imagem1A comunicação dentro das organizações está trazendo tantos resultados para os negócios, que uma jornalista com pós em comunicação corporativa decidiu dedicar seu mestrado para o tema, investigando esse prática nas micro e pequenas empresas. Falo de Janaína Wichmann, nossa consultora convidada para o Pão com Manteiga de hoje, que também contou com a presença de Fabiana Aidar da Caractere Comunicação, Marlene Menezes da Stilgraf, Monica Lima do IIR, Renatta Giraldi da Bluestar Silicones e Estefânia Souza da Construtora Passarelli. Um grupo só de mulheres, e comunicadoras!

MERDADO LIVRE 002Janaína começou o café, contando sobre a experiência que vive há cinco anos na área de Comunicação Corporativa do Mercado Livre, empresa voltada ao comércio eletrônico, de origem argentina, que completou 15 anos em 2014. Ao observar que muitos anunciantes do site, formaram suas próprias empresas, e que muitas delas são hoje maiores que a própria Mercado Livre, teve a vontade de estudar o fenômeno do empreendedorismo mais a fundo, sob a ótica da comunicação corporativa. “As empresas usam comunicação para atrair investidores”, descobriu ela. Por si só essa já é uma justificativa estratégica para a comunicação, mas ainda pouco usada pelos profissionais da área.

Como os profissionais se tornam empreendedores?

No universo de empresas que Janaína pesquisou, de 5 a 40 funcionários, pode perceber que há um forte estímulo para os funcionários pensarem o negócio juntos. O formato micro e pequeno propicia que as pessoas interajam mais e que precisem desempenhar várias funções para entregar seus produtos e serviços. Isso faz com que se crie um movimento virtuoso de participação que se expressa pela liberdade de ter ideias, de dar opinião, ou seja, há uma abertura dessas estruturas para a comunicação. “Mesmo que isso aconteça involuntariamente, meio sem querer”, analisa.

“Comunicação Interna em micro empresa é a comunicação direta, a falada e a ouvida. Está no Plano de Negócios desde a formação da empresa, quando não, o Plano é logo reescrito, porque prescindem dela”, afirmou. Já no grupo das pequenas empresas que estudou, viu a necessidade de dar uma posição de destaque, como por exemplo uma diretoria, para a comunicação atuar. “Alguém da alta gestão precisa enxergar a importância de fazer comunicação para o sucesso do negócio”, pondera Janaína.

Como trazer o empreendedorismo para dentro da empresa de maior porte?

A resposta de Janaína foi que o comportamento empreendedor precisa acontecer por meio da cultura organizacional e pelos valores. O empregado precisa ter a noção de seu papel dentro do negócio para poder criar, aplicar seu conhecimento e porque não, se divertir. As novas gerações são um futuro promissor para a comunicação. Porém, ser exemplo de empreendedorismo não significa ser bom comunicador. Significa inspirar e mostrar caminhos para o outro. Mas para comunicar, precisamos dominar técnicas, usar de empatia e de um grande poder de observação.

Obrigada Janaína Wichmann por contribuir com seu mestrado para ambientes de negócio cada vez mais empreendedores e altamente criativos!