Retrospectiva Pão com Manteiga 2011

“Parabenizo pela iniciativa da KlaumonForma em criar um espaço de “conversação”, em que predomina a verdadeira interação entre os participantes, propiciando a cada um a oportunidade de por meio da troca de experiências e reflexões criar, destruir, rever conceitos que levam ao seu amadurecimento profissional no exercício das atividades de comunicação. Por meio da troca gera-se um novo conhecimento, alcançamos um novo nível e a área evolue suas práticas. Gostei muito de participar do 82º Pão com Manteiga, tenho que confessar que fiquei agradavelmente surpresa. Agradeço imensamente por ter tido esta oportunidade.”

Com esse elogio de Sueli Yngaunis, relações públicas e mestre em comunicação e mercado, encerramos a série 2011 do Pão com Manteiga, após 10 encontros abordando temas que estão em alta na comunicação empresarial para promover o debate entre mais de 80 profissionais da área que contaram com a expertise de nossos renomados consultores convidados.

 

A primeira edição do ano, em fevereiro, contou com a presença de Rodrigo Henriques da Lanakaná para falar a respeito de gestão e de comunicação da sustentabilidade, discutindo sobre como trazer essa prática para o dia a dia das empresas e valorizar a produção de relatórios de sustentabilidade.

 

No mês seguinte o debate foi sobre as mídias digitais, em que Ary Rocco Jr, coordenador dos cursos de comunicação da FECAP, nos apresentou uma visão crítica, dizendo que essa ferramenta isolada não é a solução para a comunicação.

 

Já em abril, Marcelo Douek da Lukso nos deu o passo a passo do StoryTelling, reforçando sua função para a comunicação corporativa, para o engajamento e a geração de orgulho em pertencer .

 

Na sequência, o PCM trouxe Judite Bianchi da Microsoft para conversar sobre sua experiência em fazer comunicação interna baseada no meio eletrônico, considerando a cultura organizacional e o core business da empresa para a qual trabalha.

 

Na quinta edição do ano, Thelma Rocha, organizadora do livro “Gestão de Stakeholders”, falou da importância da comunicação com todos os públicos de interesse na organização.

 

Cezar Taurion da IBM contou, na edição de julho, como se dá a comunicação entre pessoas de diferentes gerações dentro das empresas.

 

Em agosto, Henrique Vedana e Tamara Azevedo da Co-Criar trouxeram para o PCM a inovação organizacional, falando sobre como utilizar a co-criação para construir colaborativamente e otimizar resultados.

 

No mês seguinte, a discussão foi sobre o conteúdo das mídias digitais. Mariela Castro, autora do blog de redes sociais do portal Exame, falou da relação audiência/relevância do conteúdo no ambiente digital.

 

A comunicação interna na construção de um melhor ambiente para trabalhar foi o tema abordado por Tatiane Tiemi do Great Place To Work, na edição de outubro.

 

E por fim, a última edição do ano recebeu Heloiza Matos, Luiz Santiago e Sueli Yngaunis, organizadora e autores do livro Comunicação e Política: capital social, reconhecimento e deliberação pública, para falar sobre a importância no capital social para as organizações nos dias de hoje.

 

A KlaumonForma agradece a todos os participantes dos encontros de 2011, que com sua presença, os tornaram ainda mais apetitosos.

 

Que 2012 seja um ano de conquistas para a comunicação empresarial.

 

Um abraço e boas festas!

Já é Natal na KlaumonForma

Natal é tempo de refletir.
Trabalhamos muito em 2011. Não é só sensação. Foi mesmo. Um ano intenso, cheio de oportunidades para atuarmos em comunicação. As empresas que passaram pela nossa porta, cada vez mais aberta para os entrantes, puderam sentir qual é a pegada da KlaumonForma.
Uma agência focada, próxima do cliente, disposta a fazer crescer ainda mais a comunicação da empresa. Sim, resolvemos que a comunicação é da empresa, seja interna ou externa. Pois já sabemos que não há mais fronteiras, barreiras ou muros para a comunicação, pelo menos nas intenções.
Por isso, gostaria de postar aqui algumas reflexões:
Você viu evolução na comunicação da empresa em 2011? Qual?
Qual a entrega de valor da KlaumonForma?
Quais serão as conversas da empresa em 2012?
Tô esperando ansiosa…
Bjs,
Claudia Cezaro Zanuso

82º Pão com Manteiga: A comunicação e o capital social nas organizações

“Sou acadêmica, esse é meu defeito de fabricação.” Foi com essa frase que Heloiza Matos, organizadora do livro “Comunicação e Política: capital social, reconhecimento e deliberação pública”, iniciou a última edição do ano do Pão com Manteiga sobre o tema.

Ela é doutora em Ciências da Comunicação e mestre pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Realizou estágio pós-doutoral junto ao GRESEC (Groupe de Recherche sur les Enjeux de la Communication), Université Stendhal, Grenoble III, em 1995 e 2007, quando desenvolveu uma pesquisa sobre Capital Social, Comunicação e Tecnologia, que deu origem ao livro “Capital Social e Comunicação: interfaces e articulações”.

Há três tipos de capital:

. físico – estrutura da organização

. humano – foco do trabalho de comunicação, pensar nas pessoas, o quanto é importante a aproximação entre as pessoas.

. social – conjunto de interações comunicativas que demandam a confiança e a reciprocidade.

As agências internacionais tomam o capital social, assim como o IDH de um país, como uma referência para qualificar as organizações. Quanto maior a aproximação, a comunicação, a interação, entre os elementos que fazem parte do ambiente, seja de uma organização, de uma cidade, de um país, maior o nível de capital social.

Assim, capital social não é um bem individual, é um bem coletivo.

Entendemos que pra existir, pressupõe respeito e tolerância pela diferença. Condições existenciais e coletivas, que permitam o reconhecimento da identidade do outro.

“Alguém só cria sua identidade com o reconhecimento do outro. Isso em um ambiente de trabalho, na comunicação interna é muito importante, afirmou Heloiza.

Mas o que completa esse processo é a deliberação. Quando tomamos a decisão. Então a discussão pode ser inócua se não houver deliberação.

Portanto, Heloiza Matos define capital social como sendo as interações comunicativas pautadas na confiança e reciprocidade, mas para que ele sobreviva é necessário o respeito às diferenças e o reconhecimento a identidade do outro, além de competência comunicativa e predisposição ao diálogo, características que devem estar no DNA da organização.

Segundo ela, o capital social é fundamental no ambiente corporativo, pois oferece à empresa a oportunidade de aumentar o grau de colaboração dos funcionários com a empresa e promove o engajamento. “Eles precisam se sentir parte do processo, não só instrumento”, disse a consultora.

Luiz Santiago e Sueli Yngaunis, coautores do livro e também consultores do Pão com Manteiga, trouxeram ricas informações dos estudos que originaram a publicação.

Luiz Santiago alertou que as relações de confiança e reciprocidade podem ser utilizadas de forma negativa. Ele afirma que para o capital social ser utilizado de forma favorável à empresa é preciso constante comunicação a respeito da cultura organizacional, esta feita através da liderança, estabelecendo objetivos comuns, elevando o nível de colaboração. “Dentro do processo da comunicação interna, ultrapassamos a discussão dos meios em si, porque o principal meio é o líder. É prerrogativa dele, transmitir Missão, Visão e Valores aos colaboradores. Essas são as regras do jogo.”

“A comunicação está presente em tudo, porque é estabelecida pelas relações humanas”, diz Luiz. E é com essa crença que nós, comunicadores, tornaremos a comunicação parte de todos os processos de uma empresa, disseminando o seu valor estratégico para o sucesso dos negócios.

Para Sueli Yngaunis, três forças prejudicam a boa comunicação interna: o poder (resistência ao processo), cultura (em permanente desenvolvimento) e a falta de capital social, que pressupõe interação, troca e relacionamento humano.

“Comunicação gera comportamento, mas comunicadores não controlam comportamentos”, diz Sueli. Apesar disso, podemos ser otimistas, porque especialistas da área enxergam mudanças no cenário, vendo a comunicação exercer um papel estratégico nas organizações.

O grupo formado por Cyra Morato da Boxe Propaganda, Elaine Barreto da Sem Parar, Ewerton Mendonça da Sky, Marcelle Bernardo da DuPont, Viviane Mansi da Takeda e Rodrigo Cogo do Mundo RP, levantou o seguinte desafio: como usar o capital social para alcançar melhores resultados em comunicação interna.

As recomendações dos autores convidados foram para que as organizações, tanto públicas como privadas, desenvolvam o capital comunicacional, porque ele é relacional. O capital social só faz sentido, se houver competência comunicativa. Para isso, há a necessidade da organização se abrir ao diálogo.

Artigo Sueli Yngaunis