PCM 98 – A importância dos Relatos de Sustentabilidade

A Sustentabilidade ganhou força e, atualmente, é política de gestão obrigatória. A importância de comunicar as ações das organizações nesse sentido, por meio dos Relatórios de Sustentabilidade, foi o foco da 98ª edição do Pão com Manteiga, que teve como consultor Flávio Alexandre Cardoso Álvares, Coordenador de Sustentabilidade do Hospital Sírio Libanês.

Ao realizar um relato de sustentabilidade, as organizações mostram à sociedade que estão dispostas a dialogar, a apresentar seus posicionamentos, seus desafios e oportunidades de melhorias. Para quem ainda está engatinhando neste processo, o início é permeado por questionamentos sobre a importância do relatório para a instituição, o nível de abrangência, as diretrizes a serem seguidas e qual o profissional ou área adequada para fomentar as ações e reunir estas informações.

Para Flávio, um relatório de sustentabilidade deve transcender o ambiente organizacional e atingir, também, a cadeia de stakeholders. As instituições estão cada vez mais atentas às ações dos seus fornecedores com relação à sustentabilidade.

Sustentabilidade – faz parte de um processo de construção de cultura, e o relatório não é, apenas, mais uma peça de comunicação: é o resultado do engajamento das pessoas, da definição das prioridades. Por isso, ele deve ser coerente com a realidade e ter credibilidade. A cada ano, os relatos ganham em transparência e são capazes de promover melhorias nas instituições. Quando a estratégia e os indicadores de sustentabilidade estão incorporados ao planejamento e à gestão empresarial, ajudam a definir a reputação da empresa diante do público e do mercado.

Para que as organizações possam operar, devem atender, desde a implantação, diversos protocolos e regulamentações, que são periodicamente revistos para que, constantemente, atendam aos requisitos de sustentabilidade. Incluir no relato diretrizes que complementam o sistema de gestão sustentável, como o GRI – Global Reporting Initiative é um passo que deve ser dado por empresas que estão um pouco mais à frente no processo de sustentabilidade.  Lançada recentemente, a nova versão do GRI, o G4, já traz orientações para que as instituições descrevam a sua cadeia de valores, reforcem a matriz de materialidade e o envolvimento da alta gestão nos processos.

O público presente destacou, ainda, como ponto imprescindível para um bom relato, a participação e o comprometimento dos líderes no processo de engajamento dos colaboradores, a internalização dos conceitos de sustentabilidade e o repasse de informações.