Nova casa, mas o pão continuará o mesmo

IMG_20140327_082129A partir de abril de 2016, o Pão com Manteiga acontecerá em novo endereço. Agradecemos a parceria do Informa Group desde 2009, que propiciou a realização de tantos cafés da manhã com muita comunicação corporativa.

A gente está definindo o novo local e em breve o
divulgaremos. Continuem ligados e até lá!

Começamos o ano do Pão com Manteiga

mandrade Na 116º edição do PCM, que abriu a temporada dos cafés em 2016, conversamos sobre como a Comunicação Interna pode atuar para manter a integração e engajamento das equipes diante de momentos de crise. A credibilidade dentro das organizações é fator primordial para superar um momento de crise econômica e moral.

Para Carlota Moraes, nossa consultora convidada, há um claro desafio de reconstrução para a comunicação, o RH e a gestão. Ela conversou com Cristiane Almeida e Jessica Silva da AGC Vidros do Brasil, Cibele Reis e Flavia Moreno Gavioli da Ceva Logistics, Darlene Deuner da Helibras, Thiago de Souza Silva do Hospital Albert Einstein, Laura Meurer da LDC, Ana Beatriz Moreira da Localfrio, Luiz Antonio Misse Mota e Maria Luisa Fassina da Missemota, além de Katia Camata e Cyra Morato Ruggiero.

Qual o papel das comunicação em tempos de crise?

Não devemos fazer da crise algo maior, com apelo emocional. A tomada de decisões precisa ser compartilhada. Mas a insegurança do que será o amanhã, bloqueia. A incerteza gera o silêncio, a não comunicação. Líderes se omitem. E isso gera manobra, gera dúvida.

Cabe ao comunicador fazer leituras sobre a realidade organizacional, de onde os líderes estão falando e o que eles precisam para se fazer entender. Ao mesmo tempo formar redes de comunicação, que uma vez organizadas, dão força e representatividade ao processo de comunicação.

Trazer novas fontes aos conteúdos, além dos líderes, aumenta o interesse dos “colega”. Os “heróis escondidos” trazem a percepção de quem faz e contribuem para a assimilação dos valores organizacionais. Como também, dar importância e preparar o espaço para que a comunicação aconteça. Além de gerir e operar canais/mídias, simbolizar que determinado conteúdo merece atenção, reservando momentos para que o público interno possa absorver a informação.

Qual a interface com a gestão de pessoas?

O ponto de vista de gestão de pessoas é que a crise vai passar. Estamos vivendo um momento de transição. Temos uma falsa ideia de continuidade, por isso temos dificuldade de “ressignifcar” o nosso futuro, colocou Carlota.

Por isso, coloca que o desafio no RH é ajudar os gestores a desenvolver o feeling, a sensibilidade dentro do negócio, além da competência técnica. Nosso argumento de “venda” vem dos vínculos, da qualidade dos relacionamentos. Vem de estar perto, das relações de troca.

“Pior do que a falta de informação ou de resposta, é a mentira”, disse Carlota.

Gestão por competência x gestão por propósito? Eis a questão colocada pela KF Comunicação para construir uma solução que integre RH e Comunicação.

Como fazer o líder ser assertivo na hora de comunicar?

Há uma ilusão na liderança sobre a fluidez da informação dentro do negócio. Dizer o que é se comunicar, é a 1ª conversa. Para Carlota é importante preparar a liderança para fazer essa conversa, para que ela possa deixar claro os entraves, o que pode e o que não pode ser comunicado. Tentar revelar a razão dos medos da liderança e o que a bloqueia na passagem de informação.

Não raro, comunicação é apontada como um dos principais desafios organizacionais. Observa-se que o maior gargalo está na média gerencia, que precisa se sentir preparada e autorizada a falar olho no olho. Uma gestão participativa é comunicação.

É fundamental a liderança se mostrar presente e adotar um comportamento de abertura para se comunicar. Abrir a escuta e conhecer a motivação de cada um. Construído esse cenário, deve haver uma estratégia de envolvimento com os propósitos do negócio.

Como recuperar o engajamento?

Na maioria dos casos, crise implica em demissões. O que temos que fazer é pensar nos que ficam. Como os acolhemos? Damos conforto e motivos razoáveis para entenderem os cortes? O medo vem do desconhecido, das situações novas. Se desejamos que as pessoas continuem querendo estar e representando a empresa como se fosse delas, é preciso falar o significado que as coisas tem. O óbvio é o princípio básico da empatia, afirmou.

 

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Carlota Moraes é psicóloga e pedagoga, com especialização Psicologia Clínica e formação complementar em Psicodrama Pedagógico. Ela é Gerente da OD&M Consulting Brasil. Atua há mais de 30 anos em programas de Recursos Humanos, no desenho, na coordenação e na execução de projetos e processos de Desenvolvimento de Pessoas.