A edição 92 do Pão com Manteiga mais uma vez tocou no assunto mídias sociais, agora trazendo ao respeitável público presente um supercase de sucesso: Connections, a rede social da IBM que liga mais de 400 mil funcionários em todo o mundo. Para apresentar o case, estiveram presentes Giulia De Marchi, editora dos meios de comunicação internos da companhia e responsável pelas ações de capacitação e engajamento em meios digitais e redes sociais, e Camila Dela Negra, coordenadora de comunicação interna.
Ainda compareceram Rubens Nogueira, do Hospital Albert Einstein; Ana Paula Zanette, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo; Diego Colletes, da Honda; Ana Karolina de Andrade, da Whirlpool; e Caroline Oliveira, da BRF. Todos tinham em mente uma questão: como tornar a mídia social uma aliada da empresa e não a vilã, como frequentemente ela tem sido vista.
E todos ficaram satisfeitos com o que ouviram, porque o Connections oferece possibilidades incríveis que vão desde o compartilhamento de arquivos até a participação de fóruns, discussão de temas relevantes, troca de ideias, sugestão de inovações, pesquisas… Com ele, o colaborador e seu trabalho mantêm-se sempre atualizados, além de permitir a conexão com pessoas de diferentes lugares e culturas, ligando-os pelo senso de comunidade.
A IBM também tem veículos tradicionais, mas nos últimos três anos o Connections, com razão, tem recebido atenção especial da área de comunicação. Isso porque compactua do princípio de que a informação/comunicação interna deve ser de todos para todos.
O ganho de um programa assim no quesito gestão do conhecimento é quase incalculável. Imagine o quanto de informação as empresas deixam de captar, simplesmente por não ter um depositório como esse?
Mas, não tem censura? O funcionário pode falar mal? Sim, pode. Mas uma vez que você dá esse poder de voz a ele, junto ele recebe uma grande responsabilidade. Isso, por si, já o faz ter um comportamento adequado. Além do mais, ele se sentiria um peixe fora d´água saindo fora de um padrão de conduta que não é o dos demais IBMistas.
Para isso, é claro que o profissional é capacitado. Antes de entrar na IBM, ele recebe um mail para se informar, porque desde o primeiro dia já poderá acessar a rede. Depois, precisa fazer um curso em até dois meses.
A base de tudo é o bom senso. Ele deve saber que é da IMB sempre, a todo o momento, e não apenas no Connections. Isso porque a empresa estimula a presença do colaborador em todas as mídias sociais. E ele sabe que será responsável pelo conteúdo. Nesse contexto, a área de comunicação funciona apenas como facilitadora.
Enfim, o Connections é um sucesso, porque é mais do que uma rede social, é visto e divulgado como uma ferramenta de desenvolvimento da carreira. Estar nele é estar mais perto das oportunidades de crescimento profissional. Precisa dizer mais?
A conclusão é que devemos deixar de lado o medo das redes e fazê-las trabalhar em prol da organização. Permitindo que ambas as partes, funcionários e empresa, ganhem com isso. Está lançado o desafio.