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O Branding junto ao Público Interno

Como trabalhar a sua marca com o colaborador

62º PÃO COM MANTEIGA COM GUILHERME SEBASTIANY

Um bom trabalho de construção da marca no ambiente interno faz com que ela ganhe cada vez mais valor. E como realizar o trabalho de branding junto ao seu colaborador?

Esta foi uma das primeiras perguntas que fizemos no Pão com Manteiga de hoje ao arquiteto Guilherme Sebastiany, que se especializou em design estratégico de marcas.

Ele defende o trabalho de alinhamento do público interno à estratégia e aos valores da marca. É preciso não apenas conscientizar, mas materializar para os colaboradores os valores e sua importância para a construção da cultura e a imagem da empresa, a necessidade cada vez maior das marcas não apenas “parecerem ser” mas de “verdadeiramente ser”. O princípio deste trabalho está na mão de gestores e executivos para provocar o envolvimento necessário e ajudar a entrega da promessa da marca, não apenas pela comunicação e pelos produtos ou serviços, mas principalmente pelos profissionais e suas atitudes.

Ao ouvir suas afirmações, mais uma vez, enxergo o papel fundamental da comunicação interna, que deve ter como principal diretriz de planejamento, preparar as empresas para respaldar suas marcas com uma cultura organizacional forte, verdadeira, bem entendida e respeitada por todos. O jeito de fazer negócio de cada organização, já é hoje um de seus principais diferenciais e pelo seu caráter intangível, pede que seja muito bem cuidado.

Aos participantes, perguntamos se a sua marca está refletindo a cultura e os valores da empresa e como o grupo era bem heterogêneo, a troca foi bastante rica e levantou experiências muito distintas. Simone Mendonça do Hospital São Luiz, relatou o bom trabalho iniciado recentemente pela direção com um novo modelo de governância corporativa, que está em fase de implantação e tem na comunicação interna, na proximidade e envolvimento de todos os públicos, sua principal estratégia.

Carla Vicentini do Banco ibi, recém adquirido pelo Banco Bradesco, prepara-se para tratar temas sobre a mudança da marca, seus possíveis impactos positivos e negativos no público interno. E sobre como e quando os colaboradores devem ou não ser inseridos neste processo. Neste caso, Guilherme acredita que deve-se respeitar o melhor de cada cultura para gerar um terceira. Materializar a mudança partindo ambiente e chegando na gestão é fundamental.

Andréa Baptista da ADM Brasil, trabalha para que a marca da empresa seja forte no mercado brasileiro, como é nos EUA e Europa. A comunicação com o público interno deve fortalecer esta percepção, dado que a marca só está há 12 anos no país, ainda muito jovem em relação às concorrentes.

Na Fast Shop, Marcela Ribeiro Rodrigues, vivencia uma gestão de empresa familiar.

Na Claro, Agnes Garcia, dá ênfase aos resultados, pela comemoração de recordes negociais, como número de clientes. Sensibilizar os profissionais pela emoção já mostrou ser ineficiente para seu público interno. Sobre a marca, que também é jovem, apenas 5 anos, ainda convive com a memória das empresas anteriores, muito forte, como BCP, por exemplo.

O IIR, empresa de treinamento do Grupo Informa e representada por Lorise Costa, convive há quatro anos com o IBC sob a coordenação de um mesmo grupo, o Informa, mas as equipes ainda continuam atuando de maneira independente.

Ou seja, cada organização tem suas particularidades. E assim sendo, entendemos que a marca é uma representação valiosa e simbólica daquilo que uma empresa é. Expressa o coletivo, o fazer de um grupo de profissionais. Um campo fértil para se comunicar. Para falar para fora o que é verdade dentro.

O branding junto ao público interno fica fácil quando se respeita a identidade e a cultura da empresa. No dia a dia, a comunicação deve reforçar a missão, a visão e os valores organizacionais, de forma consistente e constante.

Assista ao vídeo: