PCM 103 – Um novo olhar interpretativo sobre a Comunicação Interna

O artigo Perspectiva da Comunicação Compreensiva: um olhar interpretativo para a comunicação interna, publicado na Organicom em setembro de 2013, nos instigou a convidar Cynthia Provedel, mestre em Comunicação pela Cásper Líbero como consultora no 103º Pão com Manteiga. Ao longo de 12 anos Cynthia, trabalhou em empresas multinacionais de grande e médio porte, tais como Ericsson, Grupo Ultra e Metalfrio, como responsável pela gestão da área de Comunicação Interna. Hoje, é coordenadora de Comunicação Interna na Novartis Biociências.

A roda de conversa contou com as presenças de:
Marisa Siqueira – CEVA Logística
Talita Quirino – IIR Informa
Juliana  Dalossi Costa – Hospital das Clinicas
Tatiana de Lima Santos – Sibelco
Daniela Pinheiro – CDN Comunicação Corporativa na Tetra Pak

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A influência do medo organizacional na comunicação interna informal

A ignorância corporativa gera medo: será que eu posso falar sobre isso? Além da premissa de que informação é poder. E o que fazemos para o líder? Adotar postura de prejulgamento sobre o comportamento dos gestores, não adianta. Devemos nos colocar no lugar deles, exercitar a empatia para compreendê-los. Acolher e apresentar alternativas.

No princípio de seu estudo, Cynthia quis entender o impacto das emoções na comunicação interna. O recorte para uma emoção, trouxe a escolha pelo medo. Aprofundou o estudo no campo de conhecimento da antropologia das emoções, da sociologia e da psicologia. Descobriu que o medo é fenomenológico, não há controle. É mutável e circunstancial, concluiu ela.

Descobertas de sua tese:

  1. O medo fundador no ambiente organizacional é o medo de não sobreviver (de perder o emprego, de não ser aceito, de não saber lidar com mudança), quando a comunicação não é feita adequadamente.
  2. O efeito do medo na esfera organizacional – para fugir da angústia, reagimos, e com isso, há um efeito produtivo.
  3. O efeito do medo dentro da Comunicação Interna – impacta prioritariamente na esfera informal, que é o ruído, a rádio peão, o boato.

O boato é uma busca de explicações. Não é maldoso. É legítimo. O boato é um resultado do medo. Mas é uma expressão do medo, quando as relações não são de confiança.

As organizações precisam ter um olhar compreensivo sobre o boato. Ele gera formas mais produtivas de trabalho, se a organização privilegiar o entendimento do medo. 

A abordagem do pensamento teórico da comunicação compreensiva e o diálogo nas organizações

Entender a cultura organizacional e abrir espaço para os colaboradores mostrarem suas emoções é um caminho para um olhar acolhedor – é uma forma de explicar, de buscar sentido e entendimento, afirma Cynthia.

Para ela, a comunicação compreensiva tem olhar sobre as emoções. Colabora para enfrentar momentos críticos dentro da organização e entender como as pessoas se sentem dentro da organização.

Na prática é fazer com que a comunicação colaborativa presente, ou seja, aquela que acontece naturalmente entre as pessoas, circule também nos canais oficias, com respeito e liberdade.

Clique aqui para ler o artigo completo. Quem quiser saber mais sobre a tese de mestrado defendida pela Cynthia e os desdobramentos dela, pode se comunicar pelo e-mail cyprovedel@hotmail.com.