120º PCM: Um café dedicado ao Movimento Fotográfico

Em comemoração ao Dia Mundial da Fotografia (19/8) realizamos o 120º Pão com Manteiga a partir do seguinte questionamento: Qual o papel da imagem na Comunicação Corporativa? É possível comunicar somente pela imagem?

A celebração da data tem origem na invenção do daguerreotipo, um processo fotográfico desenvolvido por Louis Daguerre em 1837. Outro processo fotográfico – o calótipo, inventado também em 1839 por William Fox Talbot, fez com que o ano de 1839 fosse considerado o ano da invenção da fotografia. De lá pra cá, são 177 anos vivendo cercados por imagens, já pensaram?

E nada mais lisonjeiro que chamar os próprios fotógrafos para compor nosso café. Alessandro Couto, Lilo Clareto, Marcos Muzi, Ricardo Hantzschel e Rosangela Ferraz foram convidados e homenageados. Assim como a professora de História de Arte da FAAP, Heloísa Dallari e seu marido Rubens Faria Simões.

O repertório imagético ultrapassou as demais formas de comunicação. “Vivemos uma sociedade voltada para a imagem”, acredita Hantzschel. Mas será que comunicar por meio de imagens nos leva ao uso indiscriminado do recurso fotográfico?

Para Lilo, quem faz a foto não é o equipamento e sim o olhar do fotógrafo. A introdução da tecnologia digital tem modificado drasticamente os paradigmas que norteiam o mundo da fotografia e porque não o mundo da comunicação. A simplificação dos processos ampliou e democratizou o uso da imagem fotográfica nas mais diversas aplicações. Mas há um quê de arte, de sensibilidade que está no profissional. “Fotógrafo é cargo de confiança”, endossou Muzi. Para ele, fotografia é imagem em movimento, é também olhar o passado, reviver, é nostalgia.

Dessa forma, a fotografia, à medida que se torna uma experiência cada vez mais pessoal, através dos diversos perfis de fotógrafos amadores ou profissionais, torna a realidade ficção e a ficção realidade. “Os pesquisadores do futuro terão um repertório gigante e mais dificuldade de localizar o que desejarem pelo abundante geração de imagens que temos hoje”, acredita Alessandro.

É possível comunicar somente pela imagem?

Sim, mas é claro que depende do repertório de quem a observa, concluiu o grupo. A cultura e a emoção de cada um, interfere no entendimento, por isso, a percepção da imagem é cerebral. Somos sensibilizados muito mais pela imagem do que pela realidade, acreditam.

A pauta fotográfica

Se entendemos o mundo através da imagem, qual é a pauta para essa fotografia? A busca de sentido na comunicação exige um complemento, que muitas vezes e formalmente, se expressa por legendas ou por leads de impacto para chamar a atenção ao fato retartado. A imagem do menino sírio, que correu o mundo na noite anterior ao café, poderia ser entendida como uma brincadeira de crianças, quando na verdade foi o registro de um menino sujo de pó e sangue resgatado dos escombros e levado à ambulância para atendimento. Ele é Omran Daqneesh e tem 5 anos. A partir desse registro, ele se tornou mais um ícone do momento histórico de seu país.

Qual o papel da imagem na Comunicação Corporativa?

É o mesmo papel que na sociedade. Uma imagem diz muito e pode significar mais ainda, quando devidamente aplicada. A experiência de marca deve ser completa para todos os seus públicos, mas o que se observa é uma sofisticação na definição dos guidelines de marca, não tão bem acompanhada pela definição de imagens. Há muito a conquistar nessa área, a começar por um bom briefing e pelo respeito à concepção das fotos, porque elas geram significado. Cada vez mais o universo corporativo precisa ser representado pelo o que o particulariza, pelo o que é próprio dele, com imagens específicas, não generalistas, como as que compõe bancos de imagem.

“A imagem não é de fora para dentro, é de dentro para fora”, define Lilo, assim como deve ser a construção da marca corporativa. “Uma boa foto transcende todos os sentidos”, concluiu Muzi.

E para encerrar, cada um de nossos convidado registrou o momento à sua maneira:

Alessandro Couto

Alessandro Couto

Muzi

Marcos Muzi

Rosangela Ferraz

Rosangela Ferraz

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Ricardo Hantzschel

Um deleite para nossos olhos e um registro de mais um café da manhã com muita comunicação. A KF só tem a agradecer!

 

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